quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dar valor a todos de igual modo...

Antes de mais devo dar os parabéns pelo título de melhor jogador do mundo a Cristiano Ronaldo. Teve de facto um magnífico ano de 2008. Além de português lutou por esse título. Depois e para salvaguardar o que escrevo a seguir devo dizer que se deve homenagear o Cristiano. Já tive a felicidade de passar algumas horas com ele e conheci um Cristiano simpático, divertido e humilde. Também devo dizer que algumas afirmações que li e ouvi dele, não são condizentes com o Cristiano que conheci. Isso não me impede de dizer que apesar do ano fantástico que teve no CLUBE, na selecção ainda não justificou o estatuto de insubstituivel e o lugar cativo. Não defendo que se deve jogar sempre só por causa do estatuto que se tem. Está a jogar mal, é substituido como os outros.
Depois disto, devo dizer que me faz confusão a atitude da comunicação social e, como consequência, do povo português, pois só vêem o futebol à frente. Por causa deste titulo, importante sem dúvida, fez primeiras páginas, programas sobre o jogador, directos dos treinos, da Madeira, falou-se com o companheiro de quarto de juventude, do olheiro, do empresário, da familia, entidades oficiais, etc.
No entanto, devo dizer, que não vi o mesmo tipo de atitude para com Nelson Evora (campeão do mundo e olimpico) o melhor do mundo no triplo salto. Não vi a mesma atitude para com Vanessa Fernandes (melhor do mundo no triatlo) duas vezes campeã do mundo e da europa e prata nos jogos olimpicos. Não vi dar importância à selecção portuguesa de andebol feminino que pela primeira vez foi a um campeonato da europa e situações iguais de outros atletas de modalidades que não o futebol.
Ok, vão me dizer que se falou neles, mas nunca, isso tenho a certeza, na dimensão que fizeram agora com Cristiano.
Devo dizer também que todos esses atletas atingiram objectivos importantes sem ter que sair de Portugal e com as pouquissimas condições de treino e apoio. Cristiano e Figo para o conseguirem tiveram que ir jogar para equipas de grande qualidade e com as melhores condições possíveis para desenvolverem o talento com que nasceram.
O que defendo é que se fale e se façam homengens de igual modo para todos os atletas sejam eles de futebol ou de outras modalidades. Mas isso, são os portugueses que têm que exigir, porque a comunicção social só dá o que as pessoas querem ver.
Os meus sinceros cumprimentos,

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